Filosofia


  • Formular um desejo altruísta é como acender uma vela no altar do coração. Nunca nos deveríamos esquecer que sem amor o desejo perde o seu esplendor. Como não o podemos ignorar, visto que se consuma no âmago do peito, aproveitemos o nosso direito para cuidar da sua chama.

    Jaime Silva

 Introdução

Com a criação desta página pretende-se  divulgar, por intermédio da imagem e da ideia, princípios universais dinâmicos, impulsionados pelo desejo de cultivar a arte de viver. Por uma questão de respeito às tradições ancestrais da Índia, os termos e conceitos filosóficos, assim como os métodos e práticas aqui divulgadas, serão apresentados, não pela “índianização” da nossa cultura ocidental, mas sim, como instrumentos para realçar a riqueza da nossa própria cultura ocidental.

Sabendo que o yoga assenta na experiência directa, não será de admirar que a simbologia pela qual emanam as ideias, as emoções e sentimentos, seja a linguagem mais adequada para alcançar o conhecimento e cultivar os valores unificadores do potencial humano.

rodaA Roda do Dharma

Este símbolo da tradição indiana – um dos mais importantes da iconografia budista – irá representar os ensinamentos do Yoga de Leiria.

A roda do Dharma simboliza o movimento e o evolutivo de toda a realidade visível e invisível, física ou psíquica. Representa as forças e as leis do universo no seu aspecto macrocósmico e microcósmico. É o fundamento do conhecimento que sustenta a acção justa; a lei da perfeição; a dinâmica que leva à realização. No seu núcleo, em perfeito equilíbrio, encontram-se  as três tendências que deram origem ao universo: coesão, dispersão e actividade.

Quando representa o ciclo do Samsara, leis de causa e efeito, os oito raios são as oito vias da virtude. No eixo encontram-se as três causas de sofrimento: a serpente do ego, o porco da ignorância e o galo da luxúria.

Reflexões do mês
FACILITAÇÃO DE PASSAGEM

Quando Freud tenta representar o aparelho psíquico sobre modelo energético, supõe que as ”resistências se produzem nos pontos de contacto entre os neurónios: estes pontos de contacto, desempenham, portanto, o papel de «barreira». Ora alguns destes neurónios podem ser modificados pela passagem de uma energia nervosa: tornam-se, então, permeáveis, o que permite a aprendizagem e a memorização; este estado é a «facilitação» e a memória seguirá as vias traçadas pelas passagens facilitadas. Como não têm todas a mesma importância, algumas passa­gens serão mais simplificadas, portanto mais frequentes que outras. Esta teoria permite explicar porque é que a energia não se serve de uma via qualquer, mas é obrigada a conformar-se a caminhos estabelecidos pelas experiências anteriores.

Texto extraído do Dicionário do Inconsciente
Sobre a direcção de Jacques Mousseau e Pierre-François Moreau

 Jaime Silva